Pescador do São Francisco
Óleo sobre tela
60x80cm
Óleo sobre tela
60x80cm
Óleo sobre tela
50x70cm
Pinturas ,desenhos e produção editorial de Clerio Arouca
Um dos entroncamentos importantes para a história da ferrovia em Minas Gerais está em Corinto, na região central do estado. Foi em 1904, quando a cidade era conhecida ainda como Curralinho, que foi inaugurada a estação. O local era ponto de partida de linhas para Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, e para Pirapora e Montes Claros, no Norte de Minas.
De acordo a historiadora Simone Lessa, a pretensão da Ferrovia Central do Brasil era chegar até o Rio São Francisco e ali partir até Belém do Pará, no Norte do país. Porém, as obras nunca foram concluídas e a decadência do ciclo da borracha na Amazônia, mudou os planos e os interesses passaram a ligar o Norte de Minas ao estado da Bahia.
A Estrada de Ferro Central do Brasil foi inaugurada em Montes Claros, maior cidade do Norte de Minas, em 1926, quando o município passou a ser ‘ponta de trilho’ e ficou conhecido como boca do Sertão.
Praça da Matriz
Óleo sobre tela 60cm x 80cm
2022
PRAÇA DA MATRIZ - A Praça Dr. Chaves está localizada em frente à Igreja de Nossa Senhora da Conceição e São José, sendo anteriormente denominada Largo da Matriz. A Praça, desde sua formação, é um local de encontros e sociabilidade. Nela são realizadas, tradicionalmente, as festas religiosas e culturais da cidade, tais como as do Divino Espírito Santo, São Benedito e Nossa Senhora do Rosário. A Praça foi reformada em 1957, por ocasião do centenário da cidade. Em 2007, foi totalmente revitalizada, mantendo suas características originais, na ocasião do sesquicentenário de Montes Claros.
Igreja Matriz Montes Claros
Óleo sobre tela 60 cm x 80 cm
2022
Apesar de ter passado por muitas reformas, a igreja, situada na Praça Dr. Chaves, representa a origem histórica de Montes Claros, quando ainda Arraial de Formigas. Encontra-se no local onde foi construída a antiga capela pelo Alferes José Lopes de Carvalho, em 1769.
Endereço: Praça Dr. Chaves − Centro.
Fonte: Cartilha: Patrimônio Histórico de Montes Claros.
Lavadeira do São Francisco
Óleo sobre tela 50cm x 60cm
2023
Biografia (1912-1998)
José dos Reis Barbosa dos Santos
1912 Brasília de Minas, MG
13/9/1998 Montes Claros, MG
Instrumentista. Compositor. Acordeonista. Fabricante de rabecas.
Criado na localidade de Riachão, onde nasceu, às margens do rio que leva o mesmo nome, na confluência dos municípios de Mirabela e Brasília de Minas, no Vale do São Francisco. O pai era fazedor e tocador de violas. No momento de seu nascimento, passava uma folia-de-reis e ele foi consagrado pela mãe aos santos Reis; por isso "dos Reis" registrado em cartório. Zé Coco deixava claro sua devoção aos Santos Reis, e sempre se apresentava como José Reis Barbosa dos Santos.
Ouvindo seu pai tocar desde que nasceu, aos 8 anos, já tocava viola que ele mesmo ia aprendendo a fazer. Foi marceneiro, carpinteiro, ferreiro, sapateiro, fazedor de cancelas, de engenho, de carro de boi, curral de tira, roda de rolar mandioca, mas o que o tornou conhecido, inclusive internacionalmente, foi a excelência dos instrumentos que fabricava e tocava: viola, violão, cavaquinho e rebeca. Aos vinte anos, assumiu a pequena fábrica de instrumentos de seu pai.
Iniciou a vida artística acompanhando seus pais nas folias-de-reis. A carreira em discos começou em1980 através do violeiro, compositor e produtor cultural Teo Azevedo, que lhe deu o apelido de Riachão. Foi o jornalista Carlos Felipe que conseguiu patrocínio para lançar os dois primeiros discos de Zé Coco: "Brasil puro" e "Zé Coco do Riachão".
No lançamento de "Brasil puro" a crítica foi unânime em considerar que o trabalho do violeiro era um verdadeiro achado como expressão da nossa cultura popular. José Ramos Tinhorão considerou o trabalho como o melhor do ano na categoria autenticidade. O conhecido crítico dedicou-lhe calorosa crítica no Jornal do Brasil, na qual dizia: "Artista do povo da maior importância Zé Coco tem uma técnica de execução à viola tão desenvolvida que lhe permite tocar certas peças fazendo solo e acompanhamento ao mesmo tempo, e seus talentos são tantos que em uma das faixas do disco - a intitulada "Guaiano em oitava"- ele aparece não apenas na viola solo e fazendo a viola base, mas ainda tocando rabeca, caixa de folia e pandeiro". Daquele disco destacou-se a música "No terreiro da fazenda".
O segundo disco também chamou a atenção dos violeiros e dos críticos para seu estilo próprio, de solar e acompanhar ao mesmo tempo. O terceiro disco "Vôo das garças" saiu seis anos depois, através do projeto Trem da História. O título foi em homenagem a São Pedro das Garças, onde Zé Coco viveu durante vinte anos, e foi editado posteriormente em CD, com acréscimo de três músicas inéditas: "Moda pra João de Irene", "Amanhecendo" e "Minha viola e eu".
No ano em que veio a falecer, Zé Coco fez show no Sesc-Pompéia em São Paulo, durante o lançamento do CD "Violeiros do Brasil", do qual participou com uma faixa.
Em Montes Claros, assim como em todo o Norte de Minas, já se pode sentir o aroma do fruto mais querido da nossa região: o pequi.
Além de ser uma estrela da nossa culinária, trazendo seu sabor e cheiro inconfundíveis para uma infinidade de pratos, o pequi garante renda a milhares de famílias da zona rural.
A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMMA) da Prefeitura de Montes Claros atua de forma efetiva na proteção do pequizeiro: quem derruba a árvore incorre em crime ambiental, estando sujeito a responder dentro dos rigores da lei.
O pequi é utilizado como alimento puro, além de integrar a tradicional dupla "arroz com pequi". Também é utilizado como medicamento fitoterápico no tratamento de várias enfermidades.
O pequizeiro é história e cultura de um povo, árvore forte que representa a resiliência e potencial do cerrado.
A construção da Freguesia de Nossa Senhora Aparecida partiu do ideário de D. João Antônio Pimenta, primeiro bispo da diocese, cujo sonho era consolidar a mais nova cidade episcopal através da construção de uma Catedral que fosse capaz de proporcionar maior conforto aos moradores bem como representar o bom gosto local. Tendo sua construção iniciada na década de 20 e concluída somente em 29 de janeiro de 1950, a igreja de estilo neogótico se tornou a maior representante da arquitetura religiosa de Montes Claros, bem como, um marco na história da cidade.
Ao retornar à Bélgica em janeiro de 1926, em visita a sua abadia e familiares, o Cônego Maurício Gaspar, da ordem dos Premonstratenses, recebeu a importante missão de encontrar um sacerdote de sua ordem capaz de projetar e dirigir a obra da futura Catedral. Seguindo de bom grado a incumbência, foi ao encontro de diversas abadias que dispusessem de pessoas suficientemente habilitadas e abnegadas para concretização da obra. Diante de diversas objeções, já quase por desistir, foi informado da existência da abadia do Bom Senhor Isac, na divisa entre Bélgica e França. Devido a quantidade insuficiente de sacerdotes o pedido não pôde ser atendido de imediato, mas em 4 de dezembro de 1929 chegava ao Brasil o Sr. Cônego Jerônimo Lambin que rapidamente pôs-se a trabalho.
Apresentou a D. João duas possibilidades de projeto, sendo uma delas mais econômica e facilmente executável. Mesmo ciente de que despenderia de muito esforço e tempo, devido as condições da diocese, escolheu o outro e mais grandioso deles. Se recusando a receber qualquer remuneração, o Cônego Jerônimo trabalhou firmemente no detalhamento do projeto e cuidou pessoalmente de sua execução por dois anos, retirando-se para a freguesia de Salinas somente quando julgou que sua presença não seria mais necessária para o andamento da obra. Transferiu sabiamente a execução para os irmãos Francisco José e Santos Guimarães, devidamente amestrados por ele. Uma vez que D. João se julgava carecer de forças físicas necessárias para fiscalização, delegou o cargo ao Pe. Marcos Van In que não somente administrou o bom andamento da obra como arrecadou donativos para a construção.
Após o falecimento de D. João, os demais bispos assumiram a construção. O Revivalismo Gótico presente na Catedral de Montes Claros tem como característica marcante a busca pela transparência; a luz incidente que ultrapassa os vitrais coloridos contribui para a construção da mística no interior do edifício. Pináculos presentes nas três torres realçam o sentido de verticalidade e ascensão, toda a fachada apresenta rendilhados e demais ornamentações que também referenciam o Gótico, bem como uma rosácea na torre principal que abriga em seu centro o relógio. No interior, apresenta abóbadas de aresta sustentadas por colunas que se desdobram em colunelos, elementos esses que conferem maior leveza a grande estrutura; proporcionam também uma insigne amplitude ao edifício, além de direcionarem o olhar do observador para o altar central.
Tombada em 1999, é a única construção Neogótica da cidade, possuindo, portanto, grande importância arquitetônica e urbanística. A Catedral é o edifício símbolo do Gótico medieval, pois era resultado da soma de esforços de toda a comunidade e motivo de grande orgulho. Da mesma forma, a Catedral de Montes Claros se tornou um grande símbolo, um verdadeiro marco na paisagem, que de fato é capaz de refletir a beleza e magnitude da nossa cidade. Graças a D. João Antônio Pimenta, que mesmo sem ter tido a oportunidade de vislumbrar a construção finalizada, abraçou sua missão, sonhou grande e deu tudo de si para concretização dos planos de Deus. (Texto: Pascom paroquial)
A abstração geométrica é chamada de capítulo da arte abstrata desenvolvida desde a década de 1920 e baseia-se no uso de formas geométricas simples combinadas em composições subjetivas em espaços irreais. Surge como uma reação à subjetividade excessiva dos artistas plásticos de épocas anteriores, na tentativa de se distanciar do puramente emocional.
Cosmopolitismo
Óleo sobre tela
190x120cm
2020
Ciclo de Ouro é o nome pelo qual se conhece o período da mineração durante a colonização portuguesa. Essa fase econômica se estendeu ao longo do século XVIII e existiu enquanto a extração de ouro foi a principal atividade econômica praticada no Brasil. O ouro foi descoberto pelos bandeirantes paulistas que viajavam por Minas Gerais em 1695.
O Ciclo do Ouro atraiu milhares de pessoas para Minas Gerais, interessadas em enriquecer por meio da mineração. Durante essa fase, o Sudeste se tornou a região economicamente hegemônica do país. Os portugueses estabeleceram uma rigorosa política de impostos na região mineradora, cobrando impostos como quinto, capitação e derrama.
O termo "Realismo Fantástico" ou "Realismo Mágico" surgiu em 1925, quando o crítico de arte Franz Roh o usou para falar de uma tendência ou corrente na pintura alemã.
Ainda antes do domínio fascista de Hitler, alguns artistas estavam pintando telas que misturavam elementos fantásticos e realistas. Normalmente, representavam cenários corriqueiros que eram atravessados por, pelo menos, uma imagem inusitada ou fantástica.
A sua influência se espalhou pelo resto da Europa e pelas Américas, inspirando vários artistas contemporâneos.
Os quadros se demarcavam por incorporarem o fantástico sem nenhum tipo de explicação, como se fizesse mesmo parte do real. Os efeitos de surpresa e estranhamento conquistaram a atenção do público, como se o encantassem ou intrigassem.
Eventualmente, o termo acabou sendo preterido face a outros rótulos como a Nova Objetividade, dificultando a identificação dos artistas que pertenceram ao movimento.
Leda e o Cisne é uma pintura perdida de Leonardo da Vinci representando Leda – rainha de Esparta – e Zeus, transfigurado em cisne. O estilo de Leonardo é muito bem comportado, parece ser o primeiro nu de suas obras. Mas em sua época essa pintura foi tratada por seus contemporâneos como um tema muito erótico.
Leda e o Cisne (Estudo) | |
---|---|
Autor | Leonardo da Vinci |
Data | 1505-1507 |
Técnica | Desenho sobre papel |
Dimensões | 126 cm × 109 cm |
Localização | Museu Boijmans Van Beuningen, Roterdão |
Aqui se pode observar toda a sua técnica sobre perspectiva aérea. Em primeiro plano as linhas dos contornos são mais vivos e à medida que a imagem vai se afastando, ela perde a nitidez, devido à atmosfera.
A obra original foi destruída, mas foi vista por muitos artistas e suscitou a admiração geral, como o comprovam as nove cópias que atualmente se conhecem, das quais três em Galeria.